A Prefeitura de Belo Horizonte determinou a suspensão dos alvarás de funcionamento de vários empreendimentos da cidade em edição extra do Diário Oficial do Município (DOM), publicado na quarta-feira, dia 18. A medida foi anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) a fim de evitar a aglomeração de pessoas e conter a propagação do novo coronavírus (Covid-19).
O segmento da panificação segue com funcionamento autorizado para atender a população, mediante a algumas restrições. Em geral, a recomendação é o cliente realizar exclusivamente as compras ou pedidos para viagem e se retirar imediatamente do local. Além disso, não está autorizado o consumo dos alimentos nas mesas destinadas a refeições self-service, como o café colonial ou o almoço.
O presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, reforça que o segmento será aliado dos belo-horizontinos neste período de quarentena. “As padarias estão amplamente distribuídas em toda a cidade, são lugares menores e com fluxo rápido de entrada e saída, fatores que diminuem a possibilidade de aglomeração e consequentemente, a disseminação do coronavírus”, explica. O empresário lembra, ainda, que a maioria dos estabelecimentos contam, além dos produtos panificados frescos, com os itens de revendas, incluindo industrializados e artigos de limpeza e higiene.
Segundo o empresário, as padarias já seguem rigorosas normas sanitárias, mas estão redobrando os cuidados para evitar transmissão tanto do coronavírus, como de outras doenças. “Contamos com a colaboração de todos os empresários e profissionais da panificação para reforçar a limpeza nos locais”. Dantas prevê que o setor garantirá o abastecimento na cidade durante o período. “O tradicional pãozinho de todo dia não deve faltar.”
O presidente da Amipão ressalta, ainda, a importância da sociedade valorizar o comércio local para fortalecer a economia, pois é o microempresário quem vai sentir os impactos da crise no faturamento. “O segmento é composto majoritariamente por empresas de pequeno porte, que possuem produção própria e geram muitos empregos. Garantir a sobrevivência deste tipo de negócio é também uma ação de cidadania”, explica.