Mês: junho 2019
Chegada do inverno aquece vendas de pratos quentes em supermercados e padarias de Belo Horizonte
Jantar do Panificador está chegando!
Pão doce: o coração das padarias brasileiras
Qual será o significado do pão doce no mercado nacional? Digamos que o produto, muitas vezes, pode ser considerado o coração das padarias brasileiras. Afinal, é o segundo mais vendido em comparação ao pão francês e tem toda uma relação emocional com o paladar do brasileiro.
De acordo com José Batista de Oliveira, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), “os pães doces não são, em geral, comprados por suas propriedades nutricionais. É um produto indulgente, um agrado. Há ainda uma relação afetiva com o produto, pois é comum o consumo logo na infância e carregamos essa afinidade até a vida adulta”.
Para Márcio José Rodrigues, diretor do Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amipão), o sucesso dos pães doces “é devido às massas serem mais ricas e saborosas, já que contêm ingredientes mais nobres, como leite, ovos, gordura e açúcar. Os pães doces estão relacionados à indulgência e ao prazer na alimentação”, salienta.
Isabella Carneiro Santiago é diretora executiva da Padaria Vianney, uma das mais tradicionais de Belo Horizonte, Minas Gerais. Ela conta que o pão doce é feito no estabelecimento desde a sua fundação, há 26 anos, sendo que a atual produção anual é de 12 toneladas. “É um produto que agrada todas as idades. Em Minas, é tradição familiar servir, no café e lanches, o pão doce. A venda dos pães doces no ano de 2018 foi de aproximadamente R$ 300 mil”, destaca.
Na Padaria Vianney, é possível encontrar o pão doce nas versões pão doce redondo; pão de cachorro-quente; pão doce comprido; pão doce com coco; pão de hambúrguer simples; pão de hambúrguer com gergelim; pão com creme; pão de leite condensado mini; pão com ervas mini; pão de cebola mini; pão cearense; pão de milho; pão de milho com erva doce; pão de batata mini; pão de batata especial; pão de batata especial com queijo e pão sovado.
“O minipão de batata é o mais vendido da casa, pois é um pão que combina com patês, antepastos, manteiga ou até mesmo puro. Devido à possibilidade de combinações e sabores, são os mais procurados para lanches infantis, eventos corporativos ou até mesmo servir um lanche em casa ou tomar um café da manhã”, explica.
Segundo Oliveira, presidente da ABIP, essa grande variedade do pão doce é outro destaque do item. “A massa de pão doce é versátil e permite o desenvolvimento de uma série de produtos, com diferentes modelagens e acabamentos. Na padaria, isso significa trabalhar de forma mais eficaz o aumento do mix de produtos e o abastecimento da loja, com um item de maior valor agregado”. Além disso, ele esclarece que “o pão doce faz parte da categoria baked sweet goods (panificação doce – croissants, donuts e roscas) citada no estudo ‘Top 10 Global Consumer Trends for 2018’. No ano passado, essa categoria movimentou 3,1 milhões de toneladas na América Latina”.
MERCADO
Conforme a assessoria de imprensa da ABIP, a associação não possui estatísticas sobre a venda do pão doce no Brasil. Porém, o presidente Oliveira garante que “é fato que o produto é um dos principais itens de procura na loja, contribuindo para o aumento de mais de 5,87% das vendas de itens de produção própria em 2018, segundo estudo encomendado pela ABIP”.
Já Rodrigues, diretor do Amipão, informa que “segundo dados do Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC), no âmbito nacional, o volume total dos pães doces produzidos artesanalmente é de 15,34%, representando 870 mi toneladas. Já no processo industrial, a estimativa é de 14,4% cerca de 810 mi toneladas. A soma dos pães de massa doce é de 29,74% e Minas Gerais representa 11% do volume do mercado nacional”.
Rodrigues acrescenta ainda que “praticamente 100% das padarias brasileiras produzem o pão doce, sendo o segundo produto mais vendido nacionalmente”.
Em relação à grande variedade de pães doces encontrados no mercado, o diretor do Amipão argumenta que “no Brasil, notamos que, pela sua extensão territorial, cada região desenvolveu o produto de acordo com as matérias-primas disponíveis. Por exemplo, no Nordeste, um pão muito comum é o de coco, devido à abundância desse produto. No Sudeste, o sovado, as roscas e o pão liso apresentam um consumo maior”.
Já sobre média de custo e venda dos pães doces, Rodrigues relata que “o preço de custo varia de acordo com o processo de fabricação adotado, sendo que os custos mais altos são dos produtos artesanais em relação aos métodos industriais. Já o preço de venda tem variado de R$ 10 a R$ 70 o quilo, com preço médio de R$ 28”, especifica.
TENDÊNCIAS
Para dar continuidade ao sucesso do pão doce, diferentes variantes do produto estão sendo lançadas no mercado, que também apresenta algumas tendências para 2019.
Conforme ressalta Rodrigues, diretor da Amipão, já existem versões light de pão doce, que “são tendências, mas representam 8% do volume de pães macios produzidos. Os brioches de origem francesa e pães doces com fermentação natural são os que mais têm crescido no mercado e se tornado tendência”, afirma ele.
Oliveira, presidente da ABIP, enfatiza que o investimento em pães doces em versões com apelo mais saudável já é uma realidade no setor da panificação. “Já há versões orgânicas, veganas, com o uso de açúcares de frutas cristalizadas, por exemplo”, finaliza.
Revista Amipão | Edição 138
Dicas para ter uma padaria de sucesso em 2020
O tratamento ao cliente
Para manter a saúde do seu negócio de panificação, você precisa contar com um bom atendimento, todos os dias. Só assim você vai:
- Garantir a satisfação do consumidor;
- Fazer com que ele tenha uma experiência positiva e fale bem da sua padaria para conhecidos e familiares;
- Manter a continuidade e a lucratividade do seu negócio, por meio dessa qualidade no relacionamento com o público-alvo.
Agora, como atender um cliente na padaria, superar suas expectativas e alcançar esses resultados que citamos? Nosso artigo pode te ajudar. Organizamos 3 dicas que podem adicionar diferenciais no seu atendimento. Por isso, leia esse conteúdo até o final! Organizamos 3 dicas simples.
ENVOLVA SEUS COLABORADORES
Quer descobrir como atender um cliente na padaria e encantar seu público-alvo?
Nossa primeira dica é que você envolva seus colaboradores nesse objetivo. Isso significa fazer com que todos, desde a recepcionista até assistente de loja, estejam dispostos a atender a cada cliente com qualidade e carisma.
Uma maneira eficaz de você alcançar esse resultado é capacitar seus funcionários. Promova treinamentos que os ensine a manter um relacionamento adequado com o consumidor. Outra alternativa é reunir sua equipe, falar sobre os valores da empresa e o que você espera de cada colaborador, no dia a dia da padaria.
ENTENDA QUE CADA CLIENTE É ÚNICO
Todos os dias, sua padaria deve receber pessoas novas em busca de um pão fresco. Esses consumidores têm necessidades e desejos diferentes. Por exemplo, alguns estão ali para conhecer e experimentar o seu produto, outros podem está em busca de mais qualidade.
Quando realizar seu atendimento ao cliente, leve esse fator em conta. Afinal, o que esse determinado consumidor quer e de que ele precisa? Essas perguntas devem nortear o seu relacionamento com ele. A partir disso, comece a tratá-lo de modo especial e único, sempre buscando proporcionar maior satisfação, em todas as etapas de compra.
SEJA ATENCIOSO E PRESTATIVO
É comum o consumidor entrar na padaria para verificar a existência de algum produto específico. Isso ocorrem com frequência, principalmente quando ele está procurando por um preço mais em conta ou por um item de uma determinada marca.
Nessa hora você precisa estar pronto para atender a necessidade do cliente e ajudá-lo a encontrar o que ele quer naquele momento. Mas faça isso demonstrando boa vontade, sempre. Também esteja disposto a responder as principais dúvidas do seu consumidor.
Recursos Humanos – Dicas
Nos dias atuais, está cada vez mais difícil conseguir manter uma equipe coesa nas empresas. Nos deparamos com um turnover altíssimo, impactando em custos altos para o empresário.
Para minimizar esse problema é fundamental que a empresa tenha um processo mais rigoroso no recrutamento e na seleção.
Avaliar o perfil do candidato e verificar se o mesmo está de encontro com os anseios da empresa é primordial para que se consiga colocar a pessoa certa no lugar certo.
Seguem algumas dicas para ser mais assertivo:
- Avalie criteriosamente se o currículo está condizente o perfil da vaga;
- No momento da entrevista, explore ao máximo as competências do candidato. Deixe-o falar.
- Dê ao candidato todas as informações da empresa como horário, salário, carga-horária, benefícios e etc.
- Após a contratação, faça treinamentos periódicos para que o novo funcionário se sinta cada vez mais integrado a empresa.
Sucesso em suas contratações!!!
Vinícius Dantas assume a presidência do Sindicato das Indústrias de Panificação
A partir da segunda quinzena de junho, o Sindicato das Indústrias de Panificação (SIP) inicia uma nova gestão, quando o atual presidente da Associação Mineira da Indústria de Panificação (AMIP), Vinícius Dantas,
assume também a presidência do sindicato. É a primeira vez que uma mesma pessoa estará à frente das duas instituições em um momento em que o segmento panificador se direciona para uma reinvenção alinhada às novas demandas do setor. Para superar esses desafios, Dantas destaca a colaboração das diretorias, dos servidores e dos associados.
, aponta o presidente.
“Eu fico muito satisfeito por esse desafio, tenho ao meu lado ótimos profissionais que compraram comigo esse novo momento. Tivemos excelentes histórias de gestão presidencial, muitas passagens que marcaram bastante as entidades, como a do Tarcísio e a do Batista
que foram muito importantes em seus papéis, mas agora os tempos demandam mudanças”
Entre os maiores desafios, Dantas cita a atual rejeição ao glúten, a expansão dos supermercados no meio da panificação e as novas formas de consumir no país.
“Há uma mudança de paradigma na composição de consumo do brasileiro e a gente vai se posicionar para atender essa demanda. A panificação é muito grande e a nossa capilaridade é muito importante”
Vinicius Dantas
Dantas conversou com a nossa equipe sobre essa nova jornada em que está prestes a embarcar, quais desafios espera encontrar pelo caminho e como pretende superá-los. Confira!
Pela primeira vez sindicato e associação terão o mesmo presidente. O que isso significa para o setor da panificação mineira?
Pela primeira vez, de fato, nós estamos com um único presidente a partir do dia 15, quando me torno também presidente do Sindicato. Isso é muito importante para o setor porque os processos ficam mais rápidos, principalmente os decisórios. Uma nova gestão é sempre uma vida nova.
A nossa intenção é criar ferramentas e produtividade perante aos nossos empregados para que a gente tenha uma postura mais rápida para o segmento, ajudando-o a se reinventar.
O que você espera dessa nova gestão?
Para essa gestão eu tenho a expectativa de que seja mais participativa, com os diretores colaborando mais. Esse é o grande pedido que tem sido feito
em todas as reuniões, que a gente tenha mais participação da diretoria e que o sistema deixe de ser tão presidencialista, exatamente pelo isolamento do presidente, que termina tendo que decidir por tudo o que
ocorre no segmento.
Como lidar com as particularidades de cada uma das instituições em uma gestão integrada?
As particularidades de cada uma das instituições serão colocadas no papel quando o momento for adequado, quando o conceito e o conteúdo for político e realmente técnico. Nós temos pessoas capacitadas nas nossas dependências e que, com certeza, irão colaborar, com a nossa participação e direcionamento, para que todos mostrem seu profissionalismo em sua
área de atuação.
Quais os desafios você acredita que irá encontrar?
É um momento novo, no qual o consumo e seu próprio conceito atingem, de certa forma, o principal produto de venda nas padarias. Nós vamos ter que
nos reinventar. Isso é muito importante e é um desafio que mexe muito com a nossa ideologia.
Como fazer para superá-los?
Para superá-los haverá muito trabalho. Sabemos disso, mas nós vamos descobrir a origem de tudo aquilo que foi feito e que nos prejudicou, para que a gente mostre que há alguns equívocos de conceitos. Então, se for necessário, vamos, por exemplo, às faculdades de nutrição e de gastronomia defender que realmente a questão do glúten é um equívoco. O que se tem hoje de resistência ao glúten passa um pouco pela falta de consumo do produto, ou seja, é a abstinência que provoca as reações causadas pelo glúten.
“Para essa gestão eu tenho a expectativa de que seja mais participativa, com os diretores colaborando mais. Esse é o grande
pedido que tem sido feito em todas as reuniões, que a gente tenha mais participação da diretoria e que o sistema deixe de ser tão
presidencialista.”
Como você vê essa nova presidência?
Eu fico muito satisfeito por esse desafio, tenho ao meu lado ótimos profissionais que compraram comigo esse novo momento. Tivemos excelentes histórias de gestão presidencial, muitas passagens que marcaram bastante as entidades, como a do Tarcísio e a do Batista. Foram muito importantes em seus papéis. Os tempos demandam mudanças. Hoje temos os supermercados com uma linha muito glamourosa de produtos, mas a gente sabe que a panificação tem uma capacidade e uma capilaridade muito maior para se posicionar. Realmente, o momento é oportuno:
acreditamos que essa oportunidade vem juntamente com uma mudança de paradigma na composição de consumo do brasileiro e visamos nos posicionar para atender essa demanda. A panificação é muito grande e a nossa capilaridade é muito importante.