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Revista Amipão | Edição 144

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Padarias apostam em “cardápio especial” para Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados é uma das datas mais importantes para o varejo, e como tantas outras situações, também será diferente este ano, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e as medidas de distanciamento social.

Além da criatividade nos presentes, os casais terão ainda o desafio de improvisar nas comemorações, uma vez que a maioria das lojas, restaurantes e bares de Belo Horizonte seguem fechados.

Diante do cenário, as principais padarias da Capital têm adotado medidas estratégicas não apenas para suprir as necessidades do consumidor, mas também vislumbrando amenizar os impactos da pandemia e seus desdobramentos nas vendas do setor.

Especificamente para o Dia dos Namorados, na próxima sexta-feira (12), as lojas prepararam cestas de café da manhã, tábuas de frios, jantares, ceias, flores e bebidas especiais.

Segundo o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, as medidas têm sido adotadas desde meados de março, quando as principais atividades econômicas foram suspensas em quase todo o País.

“A incerteza em relação ao futuro tem levado as pessoas a controlarem o consumo, portanto, é hora de abusar da imaginação para vender produtos bem decorados, menores, com preços mais em conta. Sem contar que, mesmo sendo atividade essencial, o setor de panificação também foi bastante atingido com a pandemia e os negócios precisam de alternativas para recomporem as receitas”, explicou.

O mesmo, conforme ele, foi feito no Dia das Mães e será realizado em outras datas especiais, enquanto durar a pandemia, como o período junino, tradicional em Minas Gerais. “As lojas já estão todas ornamentadas com o tema e recheadas de produtos típicos, os mais procurados nesta época do ano, como canjica, milho, curau, doces e caldos”, citou.

Dantas, que é proprietário da rede de padarias Ping Pão, com seis unidades em Belo Horizonte, disse que as estratégias também estão sendo adotadas em suas lojas.

Segundo ele, a rede está comercializando kits para as datas especiais com cervejas artesanais, vinhos e espumantes, além de chocolates e flores. “Tudo pensando nas novas formas de relação, nas demandas dos clientes e no aumento das vendas”, afirmou.

A Boníssima, com três lojas na capital mineira, também preparou produtos especiais. De acordo com a diretora, Natália Carneiro, são cestas de café da manhã, caixas especiais com flores, pães, vinhos e fondue doce e salgado. E o consumidor ainda tem a opção de fazer o pedido pelos canais digitais e receber os produtos por delivery.

“São presentes para curtir a dois. Ou se a pessoa preferir, é possível personalizar um cartão e a gente faz a entrega no horário agendado. Preparamos opções do café da manhã ao jantar, proporcionando comodidade com a qualidade dos produtos da Boníssima”, garantiu.

Conforme a empresária, estas e outras medidas têm sido adotadas como forma de reduzir os impactos da pandemia nos negócios. A estratégia é intensificar os serviços de entrega e a compra on-line, de maneira a colaborar para o distanciamento social. Para ela, a rotina já é parte do chamado “novo normal”, afinal, já são três meses trabalhando desta maneira.

“As pessoas estão se adaptando e isso acelerou algumas tendências que já estávamos vivendo, como a concentração das vendas on-line. Acredito que isso não terá volta, pois é muito prático, cômodo e facilita a vida das pessoas”, disse.

A Villa Lourdes, localizada na região Centro-Sul de Belo Horizonte, também preparou opções para a data e espera aumento de 20% nas vendas a partir da comercialização de cestas de café da manhã, tábuas de frios e iguarias para serem servidas antes das refeições e menus completos.

“Simplificamos o mix para produtos que atendam às necessidades dos clientes em tempos de pandemia. O grande desafio foi tornar atraentes os produtos que antes ficavam expostos e agora estão embalados”, explicou a proprietária Juliana Braga, que também utilizou estratégia semelhante no Dia das Mães, obtendo resultados favoráveis.

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Cemig lança EAD gratuito sobre uso seguro de energia

A Cemig lança um projeto pioneiro por meio da sua universidade corporativa, a UniverCemig, visando o aperfeiçoamento profissional e evitando o risco de contágio em salas de aula, sabendo da importância do tema segurança com energia elétrica. Trata-se de um treinamento à distância sobre o uso seguro da energia, totalmente gratuito e disponível para toda a população acima de 10 anos de idade. O curso estará disponível também para pessoas portadoras de necessidades auditivas e visuais.

A iniciativa do curso à distância faz parte de um conjunto de ações que a Empresa está implementando para reduzir acidentes com a população, e é uma boa oportunidade para as pessoas expandirem seus conhecimentos a respeito do tema, inclusive, podendo fazer o curso em família, quando adultos e crianças poderão interagir e aprender juntos as melhores práticas de segurança com eletricidade.

O Gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares, alerta inclusive para o fato de que neste momento de pandemia é ainda pior se as pessoas se acidentarem. “Neste momento a orientação é, mais do que nunca, que as pessoas se protejam de forma a não se acidentarem e não correrem o risco de, além das consequências do próprio acidente, ficarem expostas à contaminação quando buscarem hospitais e unidades de emergência. Por isso, a Cemig preparou o curso de segurança com eletricidade especialmente pensando nisso, no cuidado com a população, pois trata-se de uma ação técnica e com cunho social”, salienta.

João José conta que o treinamento visa potencializar a disseminação de informações sobre segurança com a energia elétrica para a população e ampliar o conhecimento sobre o tema. “Nos últimos 10 anos, Minas Gerais é o segundo estado no ranking nacional com mais acidentes com a população na rede elétrica e o terceiro em número de mortes, sendo que cerca de 75% aconteceram na construção civil”, informa João José.

Portanto, continua o gerente, “este EaD visa promover a conscientização da população em relação aos cuidados necessários para conviver com as redes de energia, evitando acidentes e salvando vidas. Sempre atuamos no sentido de orientar nossos consumidores sobre os riscos da energia elétrica e a redução sustentada nos índices gerais, ano a ano, reflete o resultado destas ações”, completa.

Dessa forma, o lançamento do curso contribui para impulsionar a cultura da segurança, buscando torná-la cada vez mais um valor importante para toda a população.

O curso

O curso é composto por textos, vídeos e atividades assíncronas, e está organizado em cinco tópicos, totalizando 40 horas de duração, sendo dividido da seguinte forma:

Módulo 1- Os caminhos da energia: da geração até nossas casas – 2 horas

Módulo 2- Sistema elétrico de potência – SEP – 4 horas.

Módulo 3- Regras básicas para conviver bem com o SEP – 6 horas.

Módulo 4- Uso seguro da energia: dicas de prevenção – 20 horas.

Módulo 5- Uso seguro da energia: dicas extras – dentro de casa – 8 horas.

Por meio de uma parceria com a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho – EU-OSHA, foram disponibilizados videoclipes do popular personagem Napo?, tornando a experiência mais lúdica e divertida.

As inscrições podem ser feitas no site da UniverCemig?, na aba “Uso seguro da energia”.

Parcerias

Outra ação importante da Cemig com o objetivo de disseminar a cultura da segurança com eletricidade para a população em geral, é a celebração de acordos de cooperação técnica com órgãos e entidades que possuem abrangência em todo o estado e com capacidade de atingir muitas classes profissionais.

Estes acordos visam intensificar e ampliar o relacionamento institucional entre a Cemig e as entidades, com foco em prestar informações sobre segurança no uso da energia e também de atuar em obras civis com risco iminente de acidentes. Uma das ações será, inclusive, a disseminação e incentivo para que os públicos de relacionamento das instituições façam o curso online oferecido pela Cemig.

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais – CAU/MG integra esse rol de órgãos parceiros, em . Já foram celebrados acordos com a Federação das Indústrias de Minas Gerais – Fiemg, Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais – Acomac/MG, Instituto Feminino de Engenharia – IFE, Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade – Abracopel, , Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais – Sinduscon/MG, Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais – Seconci/MG e com a Associação das Panificadoras do Estado de Minas Gerais – Amipão, além de alguns outros acordos que estão em fase de elaboração.?

De acordo com João José, são esperados, entre outros benefícios, a ampliação das ações de prevenção por meio de orientações e/ou fiscalização em canteiros de obras, a disseminação de informações sobre segurança no uso da energia elétrica aos públicos das associações, com o compartilhamento de informações por meio com de seus canais de relacionamento internos e externos.

O gerente destaca que “no momento em que a Cemig comemora mais um ano de existência, estas parcerias ampliam o universo de ações de prevenção quanto ao uso seguro da energia, e vem para reforçar o maior valor que a empresa sempre prezou em sua trajetória: o respeito à vida das pessoas”, conclui.

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Programa da Fiemg aborda as novas medidas tributárias

Para atenuar as dificuldades, o governo suspendeu e adiou o pagamento de alguns tributos pagos pelas empresas, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), contribuição patronal para a Previdência Social e da parcela da União das empresas optantes pelo Simples Nacional, o que alivia parcialmente o peso da carga tributária sobre os negócios.

A gerente de Assuntos Tributários da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Luciana Mundim, e o advogado tributarista da entidade Thiago Feital, esclareceram como estão os prazos, as prorrogações dos pagamentos de impostos e tributos, as isenções, entre outras questões nos âmbitos federal, estadual e municipal.

Nos casos de adiamento das cobranças, os pagamentos serão prorrogados por alguns meses, ressaltou Luciana Mundim. Depois, as empresas terão que recolher o tributo devido. De acordo com a gerente, os pagamentos no novo prazo não estarão livres de juros. “Algumas mudanças tributárias dão um respiro para o empresário, mas tem que ficar atento aos prazos”, afirmou Thiago Feital.

Panificação – Composto em sua maioria por micro e pequenas empresas (MPEs) optantes pelo Simples Nacional, o segmento da panificação enfrenta rotineiramente problemas ligados à tributação. Agora, em virtude da paralisação de diversas atividades durante a pandemia causada pelo Covid-19, os desafios aumentaram e padarias se movimentam em busca de mecanismos que reduzam o impacto da crise nas reestruturações dos negócios.

Com dificuldade de acessar as linhas de crédito, o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinicius Dantas, acredita que diante das incertezas impostas pela pandemia, o empresário precisa do mínimo de previsibilidade para antecipar cenários e necessidades.

“O Pronampe (Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) deve ajudar muito na recuperação, mas o socorro precisa chegar logo às empresas, sem burocracias pelo caminho. Caso demore, precisamos de outras alternativas capazes de ajudar as padarias a se manterem de portas abertas”, explica.

O economista e advogado especialista em direito empresarial e negociação estratégica, João Doné, alerta para as rupturas de paradigmas no âmbito econômico. “O dinheiro está “mudando de dono” rapidamente. Por isso, precisamos buscar um direito proativo, com visão transcendental, que enxerga além e prevê cenários caóticos. Neste momento, não haverá espaço para amadores, restarão apenas profissionais”, analisa.

Entre as estratégias para empresas com dificuldades financeiras, Doné lista a recuperação judicial como um meio amplamente utilizado para evitar a falência. “É a maneira legal mais rápida e consistente para prorrogar todos os débitos, com carência de 12 até 48 meses, dependendo do tipo de processo. O empresário pode ser contemplado, ainda, com descontos de 30% a 60% em dívidas. Além disso, ela preserva o nome da empresa e o nome do sócio”, aponta.

O especialista defende a restituição de créditos tributários enquanto alternativa para superar a crise. “É o formato mais rápido de alocar recursos para dentro da empresa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, por exemplo, foram editadas 2 normas por hora, chegando a 12 mil por ano. Ou seja, 95% das empresas possuem oportunidades não-identificadas com relação a isso, pois as normas mudam a todo o tempo”, garante.

Doné acredita, ainda, que a reestruturação societária, com planejamento tributário e sucessório, é um mecanismo legal de proteção do patrimônio adquirido. “O processo assegura segurança jurídica, redução de custos tributários, privacidade, harmonia familiar e prevenção contra eventos repentinos, sejam eles de natureza humana ou ambiental para a empresa”. “A adoção dessas três estratégias, junto a uma assessoria jurídica, deve proporcionar um fôlego incrível e maior competitividade aos negócios”, avalia. (Da Redação)

Pronampe dá fôlego para as MPEs

O socorro vai dar sobrevida a micro e pequenas empresas (MPEs) que estavam com dificuldades para conseguir financiamento e se manter com a crise provocada pela pandemia do Covid-19.

A Lei 13.999/2020, que cria o Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), publicada no “Diário Oficial da União (DOU”, do último dia 19, abre crédito especial de R$ 15,9 bilhões e simplifica a obtenção dos recursos.

“Ela desburocratiza um pouco a tomada de empréstimos por essas empresas, com a dispensa de algumas certidões e a exigência de garantia pessoal somente do tomador do financiamento. A grande dificuldade sempre foi encontrar boas taxas de juros, pois raramente elas têm garantias a oferecer aos bancos, por se tratar de negócios de pequeno porte”, diz o advogado Rafael Moura, sócio de Grebler Advogados.

O governo vai afiançar os empréstimos com os recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil, que dará respaldo a até 85% do valor tomado pelas empresas participantes. Segundo o governo federal, o BB já está com a plataforma pronta e outros bancos estão adiantando isso.

“Em razão de o crédito estar limitado a apenas parte do faturamento das empresas (30%) e ter sido vetado dispositivo da lei que previa uma carência para o pagamento da primeira parcela (era de 180 dias), acredito que o recurso vai ser um alento de curto prazo. Apesar de ser possível contratar um prazo de carência com os bancos, isso não costuma ser fácil para essas empresas menores”, afirma o advogado.

O especialista destaca que a empresa beneficiada terá a obrigação de manter o mesmo número de funcionários existentes em 18 de maio até 60 dias depois de quitar a última parcela do empréstimo. “Se isso não ocorrer, a dívida vence e o banco pode cobrá-la por inteiro e de imediato”, alerta.

A lei prevê que o montante de empréstimo é de até R$108 mil para microempresas e de R$1,4 milhão para as pequenas. A taxa de juros anual máxima será igual à taxa Selic – atualmente em 3% ao ano – acrescida de 1,25%. “É uma boa lei, que retirou as exigências para a liberação de recursos, só que do ponto de vista financeiro, não resolve a situação dos pequenos empresários como um todo”, afirma o advogado.

As micro e pequenas empresas representam 97% das empresas brasileiras e geram mais de 52% dos empregos no País. Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que 29% precisam de até R$ 5 mil mensais para não fecharem.

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Padarias terão que se reinventar durante a pandemia de coronavírus

Setor formado em sua maioria por micro e pequenos empreendores (MPEs), optantes pelo Simples Nacional, o segmento da panificação enfrenta rotineiramente problemas ligados à tributação. Agora, em virtude da paralisação de diversas atividades durante o isolamento social, panificadoras se mobilizam em busca de mecanismos que reduzam o impacto da crise na reestruturação dos negócios.

São muitas as empresas com dificuldades para pagar tributos e serviços, segundo Viníciuis Dantas, presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação ( Amipão), que reúne sindicatos de todo o estado, com mais de 7 mil filiados representando 4.900 padarias.

Algumas não conseguem pagar a conta de energia elétrica, aponta o presidente. A eletricidade está no topo de gastos deste ramo comercial. Outro ponto de estrangulamento são os diversos tributos. “São tantas as legislações, decretos e leis, que acabamos pagando impostos que já caducaram.”

O presidente da Amipão acredita que diante das incertezas impostas pela pandemia, o empresário precisa do mínimo de previsibilidade para antecipar cenários e necessidades: “O Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ( Pronamp) deve ajudar muito na recuperação, mas o socorro precisa chegar logo às empresas, sem burocracias pelo caminho. Caso demore, precisamos de outras alternativas capazes de ajudar as padarias a se manterem de portas abertas”.

Grande parte do setor não conseguiu se enquadrar no sistema de compensação salarial ofercido pelo governo federal, (que recompõe parte dos salários dos empregados de empresas que diminuíram a jornada e os vencimentos).

“Os salários, na maioria das vezes, são pagos em dinheiro, sem que se use instituição bancária”, explica Vinicius. Ele reclama também da dificuldade de acesso aos créditos disponbilizados pelo governo federal. “Fala-se muito em dinheiro disponível, mas as exigências dos bancos, incluindo os estatais, são quase impossíveis de serem atendidas”.

Ele defende ainda que esses valores devam vir direto do estado para os micro e pequenos empresários, sem a intermediação das insitituições financeiras.

Diferenças por regiãoA saída, segundo Vinícius Dantas, é repensar os negócios, reavaliar os serviços oferecidos, resolver os gargalos ” a Amipão fez convênios com escritórios de advocacia para maior assistência jurídica. Algumas padarias vão pedir recuperação judicial. A associação vem promovendo palestras e reuniões com especialistas em gestão de negócios para tentar “encontrar uma saída”.

Dantas cita o exemplo de uma padaria em que a conta de energia elétrica caiu de R$ 27 mil para R$ 10 mil, após a decretação da quarentena. “Era uma loja que servia café da manhã e almoço, serviços que não puderam ser oferecidos nesse período. O peso da conta de luz deve ser levado em conta. Será que vale a pena continuar servindo café e almoço? Alguns serviços agregados que podem ser bons para os clientes, também atendem às necessidades do comerciante?”, questiona.

O setor de panificação ao longo do tempo foi criando vínculos e agregando serviços que podem não oferecer um bom resultado. Em parceria com o Sebrae a Amipão vem preparando um processo de conscientização e treinamento dos donos de padaria com perspectivas de gestão na panificação. “Uma formação de mão de obra gerencial, que vai ensinar como enxergar e onde estão os números de cada negócio.”

De acordo com a Amipão, o segmento que emprega mais de 100 mil trabalhadores diretos, não parou de funcionar. Os resultados chamam a atenção pelo desempenho diferenciado em cada região.

Os estabelecimentos situados nas áreas centrais das cidades de maior porte apresentaram queda de 70% no movimento. Atendem principalmente a pessoas em deslocamento.

Nos bairros classe média, esse volume foi 25% menor, calcula Vinícius, que atribui o pouco movimento à quarentena. São comércios que oferecem serviços diversificados, incluídos café da manhã, almoço, jantar, caldos etc.

“As pessoas estão em casa, geralmente designam um membro do grupo familiar para fazer as compras. Também ficaram suspensos aqueles cafés da manhã nas padarias, com familiares, amigos ou colegas de trabalho, bem como o almoço”.

Na contramão dessa tendência, nas panificadores de bairros de menor poder aquisitivo houve aumento das vendas. Por se tratarem de bairros dormitórios, onde as pessoas saem cedo para o trabalho e retornam à noite, esses estabelecimentos diversificam seus produtos, e funcionam quase como uma loja de conveniências agregada.

“As vendas subiram nesses locais, porque o isolamento social deixou esses moradores mais tempo em casa e em seus bairros”, atesta o presidente da Amipão.

Recuperação judicial

O economista e advogado especialista em direito empresarial e negociação estratégica, João Doné, alerta para as rupturas de paradigmas no âmbito econômico. “O dinheiro está “mudando de dono” rapidamente. Por isso, precisamos buscar um direito proativo, com visão transcendental, que enxerga além e prevê cenários caóticos. Neste momento, não haverá espaço para amadores, restarão apenas profissionais”, analisa.

Entre as estratégias para empresas com dificuldades financeiras, Doné lista a recuperação judicial como um meio amplamente utilizado para evitar a falência. “É a maneira legal mais rápida e consistente para prorrogar todos os débitos, com carência de 12 até 48 meses, dependendo do tipo de processo. O empresário pode ser contemplado com descontos de 30% a 60% em dívidas. Além disso, ela preserva o nome da empresa e o nome do sócio”, aponta.

O especialista sugere a restituição de créditos tributários enquanto alternativa para superar a crise. “É o formato mais rápido de alocar recursos para dentro da empresa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, por exemplo, foram editadas duas normas por hora, chegando a 12 mil por ano. Ou seja, 95% das empresas possuem oportunidades não-identificadas com relação a isso, pois as normas mudam a todo o tempo”, observa.

Doné acredita que a reestruturação societária, com planejamento tributário e sucessório, é um mecanismo legal de proteção do patrimônio adquirido. “O processo assegura segurança jurídica, redução de custos tributários, privacidade, harmonia familiar e prevenção contra eventos repentinos, sejam eles de natureza humana ou ambiental para a empresa”. “A adoção dessas três estratégias, junto a uma assessoria jurídica, deve proporcionar um fôlego incrível e maior competitividade aos negócios”, conclui.

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Os atendimentos na Receita Federal poderão ser realizados via chat

Foi publicada no Diário Oficial da União – D.O.U, de 18 de maio de 2020, a Portaria RFB n.º 853/2020 que disciplina o atendimento virtual da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil realizado por meio do Chat RFB.

De acordo com a norma, o atendimento virtual prestado por meio do Chat RFB será solicitado, no Portal e-CAC pelo interessado ou por representante devidamente qualificado, observado o disposto no § 2º do art. 1º e o art. 5º da Instrução Normativa nº 1.077/2010. Os serviços prestados por meio do Chat RFB não são exclusivos do referido canal.

O atendimento por meio do Chat RFB será realizado no horário das 7 às 19 horas, em um total de 12 horas diárias, exclusivamente em dias úteis. O Coordenador-Geral de Atendimento, em virtude de demandas sazonais por serviços específicos, poderá estabelecer horário para atendimento diverso do previsto, observado o disposto nos arts. 4º e 5º da Portaria RFB nº 457/2016.

Os serviços prestados pelo Chat RFB poderão ser classificados em dois níveis de atendimento:

A norma em referência dispõe ainda que:

Mais informações e esclarecimentos sobre o tema podem ser solicitados pelos sindicatos e indústrias a Gerência Tributária, pelo telefone (31) 3263-4378 ou pelo e-mail: tributario@fiemg.com.br.

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Padarias de BH: clientes só podem entrar usando máscaras de proteção

Em Belo Horizonte, as padarias devem controlar o número de clientes do estabelecimento. Nesta aqui, por exemplo, a lotação máxima é de 30 pessoas ao mesmo tempo, De acordo com cálculo estabelecido pela própria prefeitura. Além disso, é proibido a entrada de pessoas sem máscaras, os empresários devem fornecer aos funcionários os  EPI’s – os equipamentos de proteção individual e também o álcool em gel, tanto para funcionários como para o cliente. De acordo com dados da Associação Mineira de Panificação,  desde o início da pandemia, houve uma a queda na movimentação de  30% A 60% dependendo da localização aqui, em Belo Horizonte.

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Padarias utilizam o marketing digital a favor dos negócios durante a crise do coronavírus

Integrante da lista de segmentos que podem operar durante a pandemia do novo coronavírus, a panificação tem recorrido ao marketing digital nas redes sociais para aumentar a visibilidade e alcançar o consumidor, que está cada vez mais conectado à internet em tempos de quarentena.

O presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, acredita que os empresários que ampliarem a presença nos ambientes digitais vão melhorar as vendas, mesmo em tempos adversos. “Com a concorrência cada dia mais acirrada, a consolidação dos processos de marketing é uma questão de sobrevivência”, argumenta. “As estratégias digitais permitem uma interação rápida com o cliente, para além da divulgação dos produtos e ações realizadas no próprio negócio. A tendência é a quarentena durar mais algumas semanas, levando o consumidor a precisar de ainda mais suporte das padarias”, complementa.

O especialista em Marketing Digital no setor de alimentos, Tarcísio Filho, avalia que o período de isolamento social está gerando novas necessidades que podem ser melhor aproveitadas pelas empresas atentas às oportunidades. “Quem se preparou antes para ter uma presença forte nas redes está sendo menos impactado, pois possui outros canais de atendimento além da loja física”, analisa.

Tarcísio reforça que a crise do coronavírus deve transformar a visão de muitos empresários do segmento que desejam se manter em alto nível. “As padarias são empresas tradicionais e algumas delas ainda estão apegadas aos meios de comunicação tradicionais, como, por exemplo, os panfletos. No entanto, os anúncios onlines são mais baratos, certeiros e alcançam um número muito maior de pessoas. É um caminho sem volta para quem deseja promover a própria marca”, explica.

Reviravolta

A Padaria Vianney, localizada no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, decidiu reinventar o modelo de negócios após queda de 70% no faturamento das encomendas depois da chegada da pandemia do novo coronavírus no Brasil. “Na loja física, a redução foi de 50% entre os dias 20 e 30 de março”, relata Isabella Carneiro, diretora administrativa do negócio.

Para “driblar” a crise, a Vianney divulgou para os mais de 15 mil seguidores no Instagram, os 4 mil no Facebook e no comércio eletrônico do estabelecimento, as novidades na loja física, que agora vende produtos de cestas básicas, carnes, hortifruti e artigos limpeza e higiene pessoal. “Em menos de 10 dias realizamos uma mudança radical e agora, além dos produtos de produção própria, oferecemos, também, itens de revenda”, conta.

A empresa, que trabalha com o e-commerce desde 2018, agora possui diferentes cardápios para o almoço e, por isso, intensificou as atividades do delivery no Whatsapp e nos aplicativos de entrega. “Também usamos as redes sociais para reforçar os cuidados que estamos tomando para evitar a contaminação, realizamos promoções e nos colocamos à disposição da sociedade, ressaltando que a Vianney resolve tudo”, explica Isabella. “Após a primeira semana, o setor de encomendas zerou as perdas e a loja física recuperou 15% do faturamento”, complementa.