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Uma revolução mineira do pãozinho de sal

Estado de Minas


Campeões de vendas nas padarias, o pãozinho de sal e o pão de queijo, nessa ordem, comandam uma transformação do setor em Minas. A indústria da panificação provocou inveja generalizada nas fábricas de variados segmentos em 2019, com suas taxas de crescimento estimadas entre 6% a 8%, enquanto a média de desempenho da indústria mineira em geral fechou o ano no vermelho, em 5,6%.

Sem medo da concorrência das lojas de vizinhança e dos atacarejos, as padarias buscam os recursos da inovação, adotam conceitos da chamada indústria 4.0 e se guiam pela mudança de hábitos do consumidor. Novos produtos estão sendo desenvolvidos nas lojas, sob o controle de métodos de gestão mais modernos, de metas de produtividade e custos bem acompanhados.

As miniporções são fruto dessa estratégia, quase que de reinvenção das empresas, assim como novas e sofisticadas linhas de sanduíches, omeletes produzidos na hora de servir, massas e, claro, investimentos para melhorar a qualidade e apresentação do carro-chefe do faturamento, os pães de sal e de queijo. Os panificadores têm trabalhado também nos espaços físicos das lojas, onde as refeições tomaram conta do negócio, sempre combinadas com os sabores dos pães.

Embora longe dos holofotes quando se fala no PIB de Minas, o que não deixa de ser uma injustiça com esse setor, tanto o estado quanto o Brasil dependem dos rumos dessa indústria, que está entre as seis maiores no país. A receita da panificação e confeitaria brasileiras somou R$ 95 bilhões em 2019, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), tendo mostrado expansão de 2,65%.

Há outras duas características que merecem destaque. A panificação se estrutura com a grande capilaridade de micro e pequenas empresas e seu poder de gerar empregos. Em Minas, as estimativas da Amipão são de 7 mil padarias atuando com 126 mil empregados. Cada R$ 9 mil apurados no caixa representam a criação de um posto de trabalho nas contas da associação mineira.

“É um impulso relevante para a economia e que deve ser tratado como tal”, diz Vinícius Dantas, presidente da Amipão. Nesse processo de reinvenção do setor, tendem a se dar bem as empresas que entenderem como a tecnologia e a inovação podem ser úteis para qualificar a mão de obra e melhorar a qualidade da produção e dos serviços ofertados pelas padarias. Isso, além de preços nos níveis que o cliente aceitar pagar, o que nem sempre se observa no varejo, seja ou não de alimentos.

Uma das iniciativas recentes nesse sentido derruba a incômoda terceirização nas padarias e vem ampliando a demanda junto a fornecedores do setor. É como “pensar fora da caixa”, na avaliação de Vinícius Dantas, e “sem perder a digital do negócio”. A identidade da padaria pode estar na receita própria do pão de sal ou da rosca de nata, que passaram a identificar o ponto de vendas, o que não significa usar a produção de terceiros qualificados em outras prateleiras do negócio.

Mantida essa conexão com o consumidor, as empresas hoje lançam mão de fornecedores, por exemplo, de pão de queijo, segmento de produção que se desenvolveu e diversificou no estado, com dezenas de marcas da iguaria. O apelo da padaria no concorrido mercado da alimentação fora de casa é ser capaz de vender o frescor dos alimentos, associado a um estoque azeitado com o gosto da clientela.

No entanto, num 2020 em que não se fala de outra coisa a não ser a recuperação da economia, nada disso garante o passaporte para o sucesso se o setor não enfrentar alguns desafios nada fáceis: os custos altos da energia elétrica que move os fornos; os preços do trigo, em boa parte importado pelo Brasil; e a valorização do dólar. Será preciso muito fôlego, diante de um ministro da Economia que apregoa câmbio alto, deixa os investidores ainda mais alvoroçados e não se envergonha de culpar “empregadas domésticas que viajam à Disney”.

AMBIÇÃO 8% a 10%

É a meta de crescimento da indústria mineira da panificação neste ano estimada pela Amipão,

que considera um cenário de inflação baixa

PÃO E CARNAVAL

As padarias estão preparadas para fisgar os milhares de foliões esperados no carnaval de BH, que receberá, este ano, investimentos de R$ 14,3 bilhões dos patrocinadores, a cervejaria Skol e o aplicativo de delivery Ifood. As lojas instaladas nos principais circuitos dos desfiles dos blocos devem oferecer promoções agressivas de cerveja em lata e pratos leves, mesclando grelhados e saladas. Atuam na capital mineira 1.900 padarias, com média de 18 empregados cada uma.

AQUISIÇÕES

Relatório divulgado pela empresa de consultoria e auditoria PwC Brasil mostra que Minas Gerais foi responsável por 6% de todas as fusões e aquisições realizadas no Brasil no ano passado. Houve 39% mais operações em nível nacional, frente a 2018, totalizando 912 transações. A participação mineira nos negócios caiu 3 pontos percentuais em comparação com a média verificada em 2019.

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Revista Amipão | Edição 142

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Belo Horizonte recebe palestra gratuita com o tema “Gestão de desempenho e excelência na panificação”

Na próxima quinta-feira (13) às 19h, o Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) receberá palestra gratuita sobre o setor de alimentação, panificação e confeitaria. O evento terá conteúdo direcionado à performance do Setor em 2019, o momento atual, concorrência e estratégias comerciais frente às novas demandas do mercado.

No último ano, o mercado brasileiro de panificação e confeitaria cresceu 2,65%, conforme projeção realizada pelo Instituto Tecnológico da Alimentação, Panificação e Confeitaria (ITPC) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP). Esse aumento representa 12,25% de crescimento entre 2015, menor taxa anual registrada, e 2019.

Outro dado importante registrado pela pesquisa mostra que apesar da queda de 4,5% no fluxo de clientes, o tíquete médio de compra subiu para 7,13% em relação a 2018. Esse crescimento significativo do indicador reforça o empenho das padarias em aprimorar seus produtos e serviços para se manterem competitivas no mercado atual.

“No Brasil, as padarias e confeitarias vêm se modernizando nos últimos anos. A adoção de melhores métodos de gestão nos processos produtivos e organizacionais, a busca por produtividade e otimização, o desenvolvimento de novos produtos, a humanização nos atendimentos e uma série de aprimoramentos permitiu o bom resultado mesmo com a elevação nos custos provocada pela inflação”, analisa o presidente do Instituto Tecnológico da Alimentação, Panificação e Confeitaria (ITPC), e palestrante, Márcio Rodrigues.

SERVIÇO

Data: 13 de fevereiro de 2020

Horário: 19h

Local: Amipão – Av. do Contorno, 4610 – Funcionários, Belo Horizonte – MG.

Inscrições: Gratuitas com vagas limitadas.

Confirmação de presença: Whatsapp (31) 99323.0049

E-mail: kathlein@institutoitpc.com.br

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Misto Quente

INGREDIENTES:

  • 2 tomates médios picados
  • 1 colher (sopa) de salsinha picada
  • 1 colher (café) de orégano
  • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
  • 10 fatias de pão de forma
  • 5 fatias de queijo mussarela
  • 5 fatias de presunto
  • 5 folhas de alface

MODO DE PREPARO

  1. Tempere os tomates com a salsinha, com o orégano e o azeite de oliva e reserve.
  2. Coloque cinco fatias de pão de forma numa assadeira e cubra com a mussarela, com o presunto e a outra fatia de pão.
  3. Leve ao forno por 10 minutos.
  4. Retire e adicione em cada sanduíche 1 colher de sopa do molho reservado e uma folha de alface.
  5. Sirva imediatamente.
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Amipão oferece cursos de Gestão de Custos na Panificação

O Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) realiza de 20 a 24 de janeiro, das 8h às 11h, o curso “Gestão de Custos na Panificação”, na sede da entidade (Avenida do Contorno, 4614, 2º andar, bairro Funcionários). Os alunos terão a oportunidade de se atualizar e aprender novas ferramentas para uma gestão eficaz de custos com as aulas ministradas pelo consultor Júlio Pryamo.

Apuração de resultado operacional da empresa; o que é o markup; como calcular a margem de contribuição de cada departamento e a margem mínima, o custo das mercadorias vendidas e de todos os produtos fabricados; como entender a simulação de custos e como confrontá-la com o realizado, são alguns aspectos a serem trabalhados no conteúdo programático.

Os interessados devem se inscrever pelo telefone (31) 3282-7559 enquanto houver disponibilidade de vagas. O investimento é de R$ 170 para associados e de R$ 340 para não associados.

Serviço: Curso “Gestão de Custos na Panificação”

Data: 20,21,22,23 e 24 de janeiro, das 8h às 11h.

Local: Amipão Matriz – Av. do Contorno, 4614, 2º andar, Funcionários

Valor: R$ 170 para associados e R$ 340 para não associados.

Inscrições: (31) 3282-7559.

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Amipão realiza curso de boas práticas de fabricação

O Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) realiza de 27 a 29 de janeiro, das 15h às 19h, na sede da Amipão (Av. do Contorno, 4614, 2º andar, Funcionários) o curso “Boas Práticas de Fabricação de Alimentos”, com a instrutora Mariana Braga.

O curso oferece capacitação para profissionais que atual nos processos de manipulação e produção de alimentos de forma segura. Os participantes podrão se atualizar e aperfeiçoar seus conhecimentos em controle de perigos, boas práticas de fabricação fundamentais (PPHO) e requisitos complementares da BPF, entre outros aspectos. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelo telefone (31) 3282-7559. O investimento é de R$ 145 para associados e R$ 290 para não associados.

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Padarias apostam no fornecimento de cardápio completo nas festas de fim de ano

As padarias da Região Metropolitana de Belo Horizonte vão aproveitar as festas de fim de ano para reforçar uma tendência sem volta: oferecer aos clientes uma ceia completa (pernil, arroz, salada etc) para consumo no lar. Está cada vez mais em desuso, segundo empresários do setor, ganhar dinheiro apenas com o pernil levado pelo consumidor para ser assado nas padarias nesta época do ano. 

Algumas empresas, que já ofereceram o serviço em 2018, esperam aumento de dois dígitos em 2019. O cardápio inclui entradas, pratos principais e sobremesas.

“Antigamente, assávamos o pernil entregue nas padarias pelo cliente. Agora, oferecemos a ceia completa conforme o gosto do consumidor. As pessoas buscam comodidade. O mercado de comidas prontas é o que mais cresce no setor. Afinal, o produto finalizado é mais barato e está aliado à praticidade”, disse o presidente da Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinicius Dantas.

Os valores são variados, mas padaria que ficar de fora do novo filão perderá boa oportunidade de engordar o caixa. Ainda mais porque muitas já oferecem almoço. Portanto, como lembra o presidente da entidade, basta usar a estrutura disponível. 

O cardápio mais pedido é o pernil inteiro com osso, cujo preço é comercializado, em algumas empresas, a quase R$ 50

A Vianney, no bairro Funcionários, espera vender 30% a mais que o Natal do ano passado. A gerente de Marketing de lá, Lucilaine Silva, destaca que parte deste aumento se deve às vendas na web. “Agora tudo ficou mais acessível, pois fizemos um ano que aceitamos encomendas pelo e-commerce, ou seja, o cliente tem acesso os nossos produtos de qualquer lugar”.

Expectativa

Pelo visto, contudo, a tendência não irá se concentrar apenas nas vendas para o Natal e o Réveillon. Pratos típicos em outras datas, como receitas que levam bacalhau na Semana Santa, deverão ganhar mais força a partir de 2020. 

As sobremesas também são boas apostas das padarias. O presidente da Amipão destaca que o segmento da confeitaria é outra oportunidade para se diferenciar e aumentar os lucros. 

“A sobremesa é o que encerra a ceia em grande estilo. E a padaria já faz muito bem pudins, tortas e panetones. Por isso, os estabelecimentos precisam aproveitar o período e caprichar em embalagens diferenciadas para atrair o cliente”, propagandeou.

A Empório Boutique dos Pães, em Contagem, pretende adoçar as vendas com receitas de sobremesas levadas pelos clientes para enfeitar as mesas do lar. “São elementos criativos que atraem o cliente e são diferenciais”, disse Joaquim Ferreira, gerente do estabelecimento.

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Revista Amipão | Edição 141