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Empresários da panificação discutem estratégias de Marketing Digital

A era do folheto de ofertas já se foi -há muito tempo. Atualmente, as relações entre consumidores e empresas, independentemente do segmento, se dão prioritariamente no ambiente digital. Seja uma grande marca ou um pequeno comércio local, não há como escapar: para prosperar é necessário investir em estratégias de marketing digital.

Tendo em vista esta realidade, a Amipão, entidade composta pelo Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação, promoveu no último dia 29 de maio, o 2º Encontro de Panificadores, evento que oferece a troca de experiências entre lideranças, gestores e profissionais da panificação, sob o tema “Aumente suas vendas com o marketing digital”.

O evento contou com a participação de diversos empresário do setor, fornecedores e do Secretário de Desenvolvimento do Município de Betim, Alexandre Bambini. “Não existe um empresário que vai sobreviver se não estiver antenado nas inovações “destacou.

O master coach Tarcísio Filho ministrou a palestra principal, que abordou conceitos sobre a tendência de utilização de aplicativos e redes sociais para o crescimento do negócio e deu dicas para implementar estratégias comerciais on-line especificamente no segmento de panificação. Facebook e Instagram (estratégias e uso das ferramentas), Google (utilização e propagandas), WhatsApp (WhatsApp Business e vendas com o aplicativo) e outras ferramentas, como aplicativos de fotos, vídeos, edição e criação de artes, são alguns dos conteúdos que foram abordados durante a apresentação.

“Da mesma forma que, há 70 anos, a sociedade migrou do campo para a indústria, hoje a indústria está indo para a área digital. São mudanças que causam dores, especialmente para o segmento da panificação, bastante tradicional. Porém, não há como fugir deste caminho”, reforça o especialista Tarcísio Filho.

Vinicius Dantas, presidente da Associação Mineira das indústrias de Panificação (Amip), entidade que compõe a Amipão, destacou a importância do encontro. “Estamos aprendendo muito com o comportamento do cliente. Notamos que em 2019 as padarias em geral ainda não tiveram um incremento significativo nas vendas, então é possível deduzir que algum fator, além da economia, tem mudado os hábitos das pessoas em processo de compra. O investimento em marketing digital é uma das ferramentas estratégicas para preencher essa lacuna, fomentando os negócios na panificação.”

O local escolhido para esta edição do encontro de Panificadores prestigiou os empresários da região de Betim. “A Amipão tem mostrado presença junto aos empresários, se deslocando até onde as padarias estão, principalmente nas cidades do interior, onde os empresários tem mais dificuldade de acessar diretamente a entidade, por questões geográficas. Buscamos entender os problemas locais, e contribuir para a construção de uma nova performance do segmento em cada região”, finaliza Dantas.

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Crise segura repasse da alta do dólar para consumidor final

Depois de duas sessões de alta, beirando os R$ 4, o dólar comercial recuou e terminou essa quarta-feira (8) em R$ 3,93. Apesar da trégua, analistas de mercado afirmam que a instabilidade política ainda vai segurar o câmbio em patamares altos por um bom tempo. O impacto não vem só para quem investe ou pretende viajar para o exterior. Do pãozinho ao combustível, tudo que depende de cotação internacional já está mais caro para indústrias e lojistas. Os aumentos só não chegaram ao consumidor final ainda porque a crise econômica derrubou as vendas e está impedindo ou, pelo menos, adiando o repasse.

O presidente do Sindicato e Associação Mineira das Indústrias de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, lembra que, em janeiro deste ano, a saca de trigo estava custando cerca de R$ 62. Agora, custa R$ 72, alta de 16%. “Só nas duas últimas semanas, tivemos dois aumentos de 5%. Com a atual situação de desemprego e atraso de salários dos servidores estaduais em Minas Gerais, não conseguimos repassar. O quilo do pão continua custando, em média R$ 15,90, o mesmo valor do começo do ano”, explica. Segundo Dantas, o setor só consegue segurar os aumentos por, no máximo, mais três meses.

O dono do restaurante Empório do Clã, Alexandre Alvarenga, calcula que, desde janeiro, sua margem de lucro já caiu 10%. “Eu trabalho com muitos ingredientes importados, como bacalhau, peixes, chocolates. Só o azeite subiu cerca de 15%. Eu não posso subir os preços nem mudar o meu cardápio, pois o cliente vem em busca daqueles pratos específicos. Também não posso trocar fornecedores porque não quero arriscar perder a qualidade. O jeito é reduzir o lucro”, destaca.

O professor de economia da Faculdade Arnaldo Alexandre Miserani afirma que a alta do dólar é reflexo do quadro de instabilidade política do Brasil, que ainda não conseguiu colocar em prática as promessas feitas durante a campanha das eleições presidenciais, como gerar empregos. Ele cita que o Brasil tem hoje 13 milhões de desempregados e 27 milhões de pessoas que já desistiram de procurar emprego.

“Muitas pautas estão travadas no Congresso, como a reforma da Previdência. O ritmo lento impede que o crescimento seja veloz, pois repercute no cenário internacional como um país que não tem a devida estabilidade para ter credibilidade de investimentos estrangeiros”, avalia Miserani.

Turista deve tentar pagar tudo em reais

Para quem vai viajar, o peso do câmbio é ainda maior, pois o dólar turismo está já ultrapassou os R$ 4. Comprar com antecedência ajuda, mas nem sempre é possível. Então, a alternativa é lançar mão de estratégias para amenizar. A CVC, por exemplo, sugere que o turista inclua no pacote o máximo de serviços, como locação e veículos, ingressos e até o seguro, para conseguir diluir os custos, já que é possível parcelar a viagem em até 12 vezes, pagando em real.

Enquanto quem vai viajar para o exterior ou precisa importar insumos está preocupado, quem exporta não tem do que reclamar. A Forno de Minas, por exemplo, está com o saldo positivo. “Mesmo precisando importar insumos, temos mais benefícios do que prejuízos, pois exportamos para cerca de 20 países”, explica a diretora de marketing, Valéria Favaretto. A empresa mineira, famosa pelo pão de queijo, acaba de entrar no mercado do México, para onde está exportando waffles.

Taxa de juros

Selic. Apesar de reconhe- cer o ritmo lento da econo- mia em 2019, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nessa quarta-feira (8) manter a Selic (taxa básica de juros) em 6,50% ao ano.

Esperado. Essa foi a nona manutenção consecutiva.

Devagar. O BC destacou que o risco de uma inflação menor devido ao fraco desempenho econômico se elevou desde março.

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Panificação mineira é destaque em competição Global Skills Austrália 2019

Entre os dias 10 e 14 de abril, a cidade de Melbourne, na Austrália, foi sede da competição internacional World Skills Competition 2019, torneio mundial de educação profissional. Cerca de 16 países participaram do evento, com suas respectivas delegações, apresentando diversos trabalhos. Representando o Brasil da modalidade de panificação, a mineira Bruna Alessandra Pinto Vieira concorreu com outros seis países e garantiu para o Brasil a medalha de ouro na competição.

Bruna é aluna do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), unidade Américo Renê Gianetti – Lagoinha, em Belo Horizonte, que promove cursos de capacitação nas áreas de panificação e confeitaria em parceria com a Amipão, entidade composta pelo Sindicato e Associação Mineira da indústria de Panificação (SIP e Amip, respectivamente).

Para o presidente da Amip, Vinícius Dantas, o ótimo desempenho de Bruna comprova o posicionamento, como um centro de referência nacional, da unidade Senai Lagoinha nas áreas de panificação e confeitaria, em função de sua infraestrutura, maquinários e capacidade técnica do corpo docente. “Este é mais um dos exemplos bem sucedidos que os profissionais e alunos do Senai nos trazem de competições internacionais. Além de se destacarem nas competições, é inegável que essa experiência promove também um importante intercâmbio de experiências e promovem a inovação no nosso setor, uma vez que os participantes conseguem nos trazer as principais tendências e informações que circulam nesses eventos”, afirma.

O competidor Lucas Irias Rocha, aluno do Senai de São Paulo, representou a área de confeitaria, concorreu com nove países e também levou a medalha de ouro na categoria.