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Padarias terão que se reinventar durante a pandemia de coronavírus

Setor formado em sua maioria por micro e pequenos empreendores (MPEs), optantes pelo Simples Nacional, o segmento da panificação enfrenta rotineiramente problemas ligados à tributação. Agora, em virtude da paralisação de diversas atividades durante o isolamento social, panificadoras se mobilizam em busca de mecanismos que reduzam o impacto da crise na reestruturação dos negócios.

São muitas as empresas com dificuldades para pagar tributos e serviços, segundo Viníciuis Dantas, presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação ( Amipão), que reúne sindicatos de todo o estado, com mais de 7 mil filiados representando 4.900 padarias.

Algumas não conseguem pagar a conta de energia elétrica, aponta o presidente. A eletricidade está no topo de gastos deste ramo comercial. Outro ponto de estrangulamento são os diversos tributos. “São tantas as legislações, decretos e leis, que acabamos pagando impostos que já caducaram.”

O presidente da Amipão acredita que diante das incertezas impostas pela pandemia, o empresário precisa do mínimo de previsibilidade para antecipar cenários e necessidades: “O Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ( Pronamp) deve ajudar muito na recuperação, mas o socorro precisa chegar logo às empresas, sem burocracias pelo caminho. Caso demore, precisamos de outras alternativas capazes de ajudar as padarias a se manterem de portas abertas”.

Grande parte do setor não conseguiu se enquadrar no sistema de compensação salarial ofercido pelo governo federal, (que recompõe parte dos salários dos empregados de empresas que diminuíram a jornada e os vencimentos).

“Os salários, na maioria das vezes, são pagos em dinheiro, sem que se use instituição bancária”, explica Vinicius. Ele reclama também da dificuldade de acesso aos créditos disponbilizados pelo governo federal. “Fala-se muito em dinheiro disponível, mas as exigências dos bancos, incluindo os estatais, são quase impossíveis de serem atendidas”.

Ele defende ainda que esses valores devam vir direto do estado para os micro e pequenos empresários, sem a intermediação das insitituições financeiras.

Diferenças por regiãoA saída, segundo Vinícius Dantas, é repensar os negócios, reavaliar os serviços oferecidos, resolver os gargalos ” a Amipão fez convênios com escritórios de advocacia para maior assistência jurídica. Algumas padarias vão pedir recuperação judicial. A associação vem promovendo palestras e reuniões com especialistas em gestão de negócios para tentar “encontrar uma saída”.

Dantas cita o exemplo de uma padaria em que a conta de energia elétrica caiu de R$ 27 mil para R$ 10 mil, após a decretação da quarentena. “Era uma loja que servia café da manhã e almoço, serviços que não puderam ser oferecidos nesse período. O peso da conta de luz deve ser levado em conta. Será que vale a pena continuar servindo café e almoço? Alguns serviços agregados que podem ser bons para os clientes, também atendem às necessidades do comerciante?”, questiona.

O setor de panificação ao longo do tempo foi criando vínculos e agregando serviços que podem não oferecer um bom resultado. Em parceria com o Sebrae a Amipão vem preparando um processo de conscientização e treinamento dos donos de padaria com perspectivas de gestão na panificação. “Uma formação de mão de obra gerencial, que vai ensinar como enxergar e onde estão os números de cada negócio.”

De acordo com a Amipão, o segmento que emprega mais de 100 mil trabalhadores diretos, não parou de funcionar. Os resultados chamam a atenção pelo desempenho diferenciado em cada região.

Os estabelecimentos situados nas áreas centrais das cidades de maior porte apresentaram queda de 70% no movimento. Atendem principalmente a pessoas em deslocamento.

Nos bairros classe média, esse volume foi 25% menor, calcula Vinícius, que atribui o pouco movimento à quarentena. São comércios que oferecem serviços diversificados, incluídos café da manhã, almoço, jantar, caldos etc.

“As pessoas estão em casa, geralmente designam um membro do grupo familiar para fazer as compras. Também ficaram suspensos aqueles cafés da manhã nas padarias, com familiares, amigos ou colegas de trabalho, bem como o almoço”.

Na contramão dessa tendência, nas panificadores de bairros de menor poder aquisitivo houve aumento das vendas. Por se tratarem de bairros dormitórios, onde as pessoas saem cedo para o trabalho e retornam à noite, esses estabelecimentos diversificam seus produtos, e funcionam quase como uma loja de conveniências agregada.

“As vendas subiram nesses locais, porque o isolamento social deixou esses moradores mais tempo em casa e em seus bairros”, atesta o presidente da Amipão.

Recuperação judicial

O economista e advogado especialista em direito empresarial e negociação estratégica, João Doné, alerta para as rupturas de paradigmas no âmbito econômico. “O dinheiro está “mudando de dono” rapidamente. Por isso, precisamos buscar um direito proativo, com visão transcendental, que enxerga além e prevê cenários caóticos. Neste momento, não haverá espaço para amadores, restarão apenas profissionais”, analisa.

Entre as estratégias para empresas com dificuldades financeiras, Doné lista a recuperação judicial como um meio amplamente utilizado para evitar a falência. “É a maneira legal mais rápida e consistente para prorrogar todos os débitos, com carência de 12 até 48 meses, dependendo do tipo de processo. O empresário pode ser contemplado com descontos de 30% a 60% em dívidas. Além disso, ela preserva o nome da empresa e o nome do sócio”, aponta.

O especialista sugere a restituição de créditos tributários enquanto alternativa para superar a crise. “É o formato mais rápido de alocar recursos para dentro da empresa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, por exemplo, foram editadas duas normas por hora, chegando a 12 mil por ano. Ou seja, 95% das empresas possuem oportunidades não-identificadas com relação a isso, pois as normas mudam a todo o tempo”, observa.

Doné acredita que a reestruturação societária, com planejamento tributário e sucessório, é um mecanismo legal de proteção do patrimônio adquirido. “O processo assegura segurança jurídica, redução de custos tributários, privacidade, harmonia familiar e prevenção contra eventos repentinos, sejam eles de natureza humana ou ambiental para a empresa”. “A adoção dessas três estratégias, junto a uma assessoria jurídica, deve proporcionar um fôlego incrível e maior competitividade aos negócios”, conclui.

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Os atendimentos na Receita Federal poderão ser realizados via chat

Foi publicada no Diário Oficial da União – D.O.U, de 18 de maio de 2020, a Portaria RFB n.º 853/2020 que disciplina o atendimento virtual da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil realizado por meio do Chat RFB.

De acordo com a norma, o atendimento virtual prestado por meio do Chat RFB será solicitado, no Portal e-CAC pelo interessado ou por representante devidamente qualificado, observado o disposto no § 2º do art. 1º e o art. 5º da Instrução Normativa nº 1.077/2010. Os serviços prestados por meio do Chat RFB não são exclusivos do referido canal.

O atendimento por meio do Chat RFB será realizado no horário das 7 às 19 horas, em um total de 12 horas diárias, exclusivamente em dias úteis. O Coordenador-Geral de Atendimento, em virtude de demandas sazonais por serviços específicos, poderá estabelecer horário para atendimento diverso do previsto, observado o disposto nos arts. 4º e 5º da Portaria RFB nº 457/2016.

Os serviços prestados pelo Chat RFB poderão ser classificados em dois níveis de atendimento:

A norma em referência dispõe ainda que:

Mais informações e esclarecimentos sobre o tema podem ser solicitados pelos sindicatos e indústrias a Gerência Tributária, pelo telefone (31) 3263-4378 ou pelo e-mail: tributario@fiemg.com.br.

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Padarias de BH: clientes só podem entrar usando máscaras de proteção

Em Belo Horizonte, as padarias devem controlar o número de clientes do estabelecimento. Nesta aqui, por exemplo, a lotação máxima é de 30 pessoas ao mesmo tempo, De acordo com cálculo estabelecido pela própria prefeitura. Além disso, é proibido a entrada de pessoas sem máscaras, os empresários devem fornecer aos funcionários os  EPI’s – os equipamentos de proteção individual e também o álcool em gel, tanto para funcionários como para o cliente. De acordo com dados da Associação Mineira de Panificação,  desde o início da pandemia, houve uma a queda na movimentação de  30% A 60% dependendo da localização aqui, em Belo Horizonte.

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Padarias utilizam o marketing digital a favor dos negócios durante a crise do coronavírus

Integrante da lista de segmentos que podem operar durante a pandemia do novo coronavírus, a panificação tem recorrido ao marketing digital nas redes sociais para aumentar a visibilidade e alcançar o consumidor, que está cada vez mais conectado à internet em tempos de quarentena.

O presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, acredita que os empresários que ampliarem a presença nos ambientes digitais vão melhorar as vendas, mesmo em tempos adversos. “Com a concorrência cada dia mais acirrada, a consolidação dos processos de marketing é uma questão de sobrevivência”, argumenta. “As estratégias digitais permitem uma interação rápida com o cliente, para além da divulgação dos produtos e ações realizadas no próprio negócio. A tendência é a quarentena durar mais algumas semanas, levando o consumidor a precisar de ainda mais suporte das padarias”, complementa.

O especialista em Marketing Digital no setor de alimentos, Tarcísio Filho, avalia que o período de isolamento social está gerando novas necessidades que podem ser melhor aproveitadas pelas empresas atentas às oportunidades. “Quem se preparou antes para ter uma presença forte nas redes está sendo menos impactado, pois possui outros canais de atendimento além da loja física”, analisa.

Tarcísio reforça que a crise do coronavírus deve transformar a visão de muitos empresários do segmento que desejam se manter em alto nível. “As padarias são empresas tradicionais e algumas delas ainda estão apegadas aos meios de comunicação tradicionais, como, por exemplo, os panfletos. No entanto, os anúncios onlines são mais baratos, certeiros e alcançam um número muito maior de pessoas. É um caminho sem volta para quem deseja promover a própria marca”, explica.

Reviravolta

A Padaria Vianney, localizada no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, decidiu reinventar o modelo de negócios após queda de 70% no faturamento das encomendas depois da chegada da pandemia do novo coronavírus no Brasil. “Na loja física, a redução foi de 50% entre os dias 20 e 30 de março”, relata Isabella Carneiro, diretora administrativa do negócio.

Para “driblar” a crise, a Vianney divulgou para os mais de 15 mil seguidores no Instagram, os 4 mil no Facebook e no comércio eletrônico do estabelecimento, as novidades na loja física, que agora vende produtos de cestas básicas, carnes, hortifruti e artigos limpeza e higiene pessoal. “Em menos de 10 dias realizamos uma mudança radical e agora, além dos produtos de produção própria, oferecemos, também, itens de revenda”, conta.

A empresa, que trabalha com o e-commerce desde 2018, agora possui diferentes cardápios para o almoço e, por isso, intensificou as atividades do delivery no Whatsapp e nos aplicativos de entrega. “Também usamos as redes sociais para reforçar os cuidados que estamos tomando para evitar a contaminação, realizamos promoções e nos colocamos à disposição da sociedade, ressaltando que a Vianney resolve tudo”, explica Isabella. “Após a primeira semana, o setor de encomendas zerou as perdas e a loja física recuperou 15% do faturamento”, complementa.

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Revista Amipão | Edição 143

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MP 936 traz avanços para empresas atravessarem crise e preservarem empregos

Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera positivo o conjunto de medidas trabalhistas anunciado pelo governo federal, por propiciar melhores condições para que empresas atravessem a crise da covid-19 com menor impacto sobre postos de trabalho. As medidas, de forma geral, estão alinhadas com as propostas construídas pelo setor industrial. Elas oferecem segurança e maiores possibilidades de adequação às empresas frente ao período de redução da atividade econômica e na mitigação dos impactos nas relações do trabalho.

Para a indústria, a definição de alternativas trazidas pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, trazido pela Medida Provisória n.936, contribui para que empresas permaneçam em atividade ao longo do período agudo da crise. As garantias provisórias de emprego, como o pagamento de seguro desemprego a trabalhadores que tiverem jornada e salários reduzidos ou contratos de trabalho suspensos também são cruciais para atenuar os efeitos da crise, sobretudo no aspecto da renda e da proteção social.

Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, essas medidas são fundamentais para mitigar o impacto da redução da demanda, do cancelamento de encomendas e da queda do faturamento que o setor industrial vem experimentando, em menos de um mês de aprovado o estado de calamidade. Para ele, todos devem-se ajudar para que, uma vez que vier a retomada, ela se dê em condições menos desfavoráveis. “É importante evitarmos, ao máximo a demissão. Até porque, com demissões, teremos consequências muito piores para o país”, afirma Andrade.

Medidas contemplam diferentes realidades das empresas

A CNI avalia que as medidas simplificam o cumprimento de normas trabalhistas, passo importante em tempos de crise para reduzir insegurança jurídica na adoção de medidas que contribuam para a preservação de empregos. Além disso, as alternativas trazidas na MP oferecem um conjunto de instrumentos para que empresas de diferentes portes, e afetadas em diferentes graus, atingidas pela crise possam tomar medidas adequandas a suas realidades.

Para a indústria, as medidas trazem avanços em três principais frentes:

– Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda: 

O pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda a trabalhadores que tiverem jornada e salários reduzidos, ou contratos de trabalho suspensos, é positivo por atenuar o efeito sobre o poder aquisitivo do trabalhador enquanto durar a redução de atividade econômica da empresa.

– Redução da jornada com salário preservado: 

A possibilidade de reduzir a jornada de trabalho por até 90 dias, com proporcional redução dos salários, permite às empresas realizarem adequações na rotina produtiva e dá importante instrumento temporário para enfrentamento de crise, com a garantia provisória do emprego.

– Suspensão do contrato de trabalho: 

A permissão para se suspender contrato de trabalho por até 60 dias, com manutenção dos benefícios (plano de saúde e vale refeição, por exemplo) pagos pelo empregador, aumenta a segurança jurídica para a adoção do instrumento e a capacidade das empresas de se manterem ativas – e de manterem empregos – durante o período agudo da crise.

Outras adequações na legislação trabalhista

Em relação a adequações na legislação trabalhista, a Confederação considera que as medidas trazem avanços em dar segurança para que as empresas tenham flexibilidade para se adequarem à restrição de circulação de pessoas e outras medidas que têm impacto sobre as rotinas produtivas. 

A redução das exigências para o regime de teletrabalho, a suspensão das obrigações administrativas em saúde e segurança do trabalho e a ampliação das possibilidades de uso do banco de horas vão na direção correta de oferecer segurança jurídica às empresas.

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Varejistas podem salvar micro e pequenas empresas

Consultoria que conecta pequenos empreendedores com grandes varejistas lança campanha em apoio às marcas locais

A plataforma digital Local.e (www.locale.com.br), que ajuda marcas brasileiras a se conectar com varejistas, acaba de lançar a campanha #ApoieMarcasLocais. O objetivo é dar atenção para as marcas locais de produtos alimentícios, extremamente impactadas pela necessidade de isolamento social, e incentivar o varejo a privilegiá-las nesse momento. 

O risco de muitas delas sumirem enquanto essa crise durar é real, e o resultado econômico seria desastroso. De acordo com dados do Sebrae, as empresas de micro e pequeno porte representam 99% de todas as do país (cerca de 6,3 milhões) e são responsáveis por 52% empregos formais do setor privado (16,1 milhões).

Nesse sentido, o papel dos varejistas, principalmente os médios e grandes, é tentar salvá-las. As vendas do varejo alimentar dispararam nas últimas semanas, com algumas redes reportando até o dobro de crescimento. Enquanto no início da quarenta o foco das compras era em alimentos básicos e produtos de limpeza, agora passou a ser também de congelados, snacks e itens indulgentes, como doces, chocolates e bebidas alcoólicas. Isso abre uma oportunidade imensa para as marcas locais.

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Micro e Pequenas Empresas do Simples Nacional terão mais tempo para entregarem a Defis

O Comitê Gestor do Simples Nacional adiou para o dia 30 de junho o prazo de entrega das Declarações de Informações Socioeconômicas e Fiscais (Defis). O envio do documento é obrigatório para Micro e Pequenas Empresas (MPE) optantes do Simples Nacional que faturam até R$ 4,8 milhões por ano. Mais informações no Portal do Simples Nacional.

A Defis é uma declaração que apresenta as  informações contábeis e fiscais da empresa, entre elas: o faturamento, número de empregados, lucro, receitas, rendimentos e identificação dos sócios e ganhos de renda variável. “Todas as empresas optantes pelo regime tributário simplificado, exceto o Microempreendedor Individual (MEI), devem entregar essa declaração”, explica o Superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.

Tradicionalmente, o prazo final para envio da Defis é no dia 31 de março. Porém, devido aos impactos do novo coronavírus (Covid-19), excepcionalmente, este ano, o prazo final será no dia 30 de junho. 

Lembrando que não há multa pela entrega em atraso da Delfis, porém, ficarão impedidas de gerar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), ou seja, as guias de recolhimento dos impostos mensais. Dessa maneira a empresa ficará inadimplente e o DAS só voltará a ser gerada apenas quando a Defis for entregue.

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Padarias permanecem abertas em Belo Horizonte

A Prefeitura de Belo Horizonte determinou a suspensão dos alvarás de funcionamento de vários empreendimentos da cidade em edição extra do Diário Oficial do Município (DOM), publicado na quarta-feira, dia 18. A medida foi anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) a fim de evitar a aglomeração de pessoas e conter a propagação do novo coronavírus (Covid-19).

O segmento da panificação segue com funcionamento autorizado para atender a população, mediante a algumas restrições. Em geral, a recomendação é o cliente realizar exclusivamente as compras ou pedidos para viagem e se retirar imediatamente do local. Além disso, não está autorizado o consumo dos alimentos nas mesas destinadas a refeições self-service, como o café colonial ou o almoço.

O presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, reforça que o segmento será aliado dos belo-horizontinos neste período de quarentena. “As padarias estão amplamente distribuídas em toda a cidade, são lugares menores e com fluxo rápido de entrada e saída, fatores que diminuem a possibilidade de aglomeração e consequentemente, a disseminação do coronavírus”, explica. O empresário lembra, ainda, que a maioria dos estabelecimentos contam, além dos produtos panificados frescos, com os itens de revendas, incluindo industrializados e artigos de limpeza e higiene.

Segundo o empresário, as padarias já seguem rigorosas normas sanitárias, mas estão redobrando os cuidados para evitar transmissão tanto do coronavírus, como de outras doenças. “Contamos com a colaboração de todos os empresários e profissionais da panificação para reforçar a limpeza nos locais”. Dantas prevê que o setor garantirá o abastecimento na cidade durante o período. “O tradicional pãozinho de todo dia não deve faltar.”

O presidente da Amipão ressalta, ainda, a importância da sociedade valorizar o comércio local para fortalecer a economia, pois é o microempresário quem vai sentir os impactos da crise no faturamento. “O segmento é composto majoritariamente por empresas de pequeno porte, que possuem produção própria e geram muitos empregos. Garantir a sobrevivência deste tipo de negócio é também uma ação de cidadania”, explica.