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Preço do pão varia até 216% em BH

Pesquisa do site Mercado Mineiro aponta variações superiores a 200% nos preços praticados em 27 padarias de BH. É o caso do pão doce, cujo quilo varia de R$ 8,99 a R$ 28,48, uma diferença de 216%. Já o pão francês variou 110%, custando de R$ 8,99 a R$ 18,90 o quilo. O pão sovado tem custo entre R$ 12,00 e R$ 32,90 (174%). No entanto, mesmo com a alta do dólar, que pressiona os custos da farinha de trigo, os preços dos pães se mantiveram estáveis em relação ao mês passado.

O levantamento realizado pelo site em 17 e 18 deste mês constatou variação de 28% no leite longa vida integral da Itambé, com custo de R$ 3,90 a R$ 5,00. Já o quilo da mortadela varia de R$ 24 a R$ 42 (93%). O lanche também teve variação significativa: um simples pão com manteiga oscilou 86% ( de R$ 1,50 a R$ 2,80). O café com leite pode custar de R$ 1,50 a R$ 3,60 (190%). Já a diferença no custo do pão de queijo chega a 117%: de R$ 1,75 e R$ 3,80.

Para o coordenador do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, as diferenças de preços levam em consideração a qualidade do produto e a localização da padaria.

O presidente da Associação Mineira da Indústria de Pães (Amipão), Vinicius Dantas, afirma que o momento não é oportuno para o repasse da alta de preços. “Até mesmo os moinhos têm contribuído. Quando aumentam um pouco, criam uma bonificação, por exemplo. Há uma dificuldade geral em estar repassando os custos, o que tem feito com que os preços se mantenham estáveis”, disse.

Segundo ele, as padarias também tiveram reduções de despesas, como de água e luz, já que os clientes não podem mais consumir dentro dos estabelecimentos, o que acaba contribuindo para um equilíbrio no custo fixo. Em relação à oscilação de preços entre as padarias, Vinicius Dantas afirmou que isso se deve aos custos de aluguel e funcionários de cada uma.

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Padarias têm crédito especial em programa Estímulo 2020

Uma iniciativa sem fins lucrativos uniu empresários, executivos e organizações do 3º setor para captar recursos privados e destiná-los à crédito para micro e pequenas empresas (MPE’s), com carência e taxas especiais, de maneira rápida e facilitada. O programa “Estímulo 2020” tem como objetivo auxiliar empresários a manterem seus negócios ativos bem como seus funcionários contratados durante a pandemia, que vem ameaçando não só a saúde da população brasileira, mas também a economia de todo o país.

A panificação é um dos segmentos que será beneficiado com o programa. As padarias inscritas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) nº “1091-1/02 – padaria c/ preponderância de produção própria” poderão pleitear a obtenção de crédito no “Estímulo 2020”. A taxa de juros é de 7% ao ano; com carência de três meses para começar, podendo dividir o pagamento em até 15 parcelas.

O programa, que beneficia empresas em âmbito nacional, ganhou força em Minas Gerais após um investimento realizado pela Federação das Indústrias do Estado Minas (FIEMG), no valor de R$ 100 milhões, exclusivos para empresas sediadas no Estado. Para se inscrever é necessário acessar o site https://www.estimulo2020.org/home-mg/.

O presidente da AMIPÃO (Associação Mineira da Indústria da Panificação), Vinícius Dantas, destaca que esta pode ser a oportunidade para salvar muitos negócios: “Cerca de 95% das padarias são micro ou pequenas empresas. E muitas dessas empresas não estão conseguindo acesso a crédito em instituições financeiras ou por meio dos programas do governo, devido à grande burocracia e ao tempo insuficiente para viabilizar a continuidade do negócio antes da liberação dos recursos”, destaca. 

A equipe da AMIPÃO está à disposição dos associados para orientar sobre o processo de inscrição e as condições para participação no programa “Estímulo 2020”.

Informações através do e-mail – amanda.batista@amipao.com.br 

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Gastronomia junina é destaque em supermercados e padarias

A chegada de junho durante a pandemia deixou muitas pessoas decepcionadas com a impossibilidade de comemorar as festas juninas. As festividades, que têm um lugar especial no coração do belo-horizontino, vão contra as recomendações de isolamento social que ajuda a combater o novo coronavírus. Mas, como não só de aglomeração é feita uma festa junina, supermercados e padarias da cidade pretendem garantir que a população possa aproveitar, em casa, os diversos quitutes que são a cara dessa época. Entre caldos, canjicas e doces, o consumidor não precisará se privar das delícias juninas.

A Temporada de Caldos do Verdemar está aberta. São quase 20 sabores de caldos congelados para levar para casa, desde os tradicionais, como feijão, mandioca e moranga com carne seca, até os mais inusitados, como o caldo detox de legumes verdes e o caldo de cenoura com gengibre, que garantem sabor sem sair da dieta. Alguns dos sabores estão, também, disponíveis já aquecidos para consumo.

Aliar a qualidade com a conveniência é o principal objetivo do supermercado, como explica a gerente de produção industrial da rede, Paula Dias. “Apesar de a Temporada de Caldos já ser uma tradição do Verdemar, esse ano possui ainda mais importância para os clientes, que querem desfrutar das delícias juninas na segurança de suas casas”. Os caldos podem ser encontrados em todas as lojas da rede, que recomenda aos clientes irem sozinhos às compras e usando máscaras.

As padarias também apostam na época para movimentar o segmento. O presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, destaca que a oportunidade é valiosa para aumentar as vendas. “A ornamentação das lojas com o tema de festas juninas, além de fazer bem aos olhos, lembra às pessoas que apesar do momento, existem motivos para comemorar, o que contribui para o aumento da compra de produtos da época”.

Com a flexibilização e abertura de novos setores da economia na capital mineira, levando a um fluxo maior de pessoas nas ruas, a previsão da Amipão é que haja um aumento gradativo no movimento das padarias e, consequentemente, no consumo dos produtos ofertados pelo segmento. “Estamos confiantes a volta dos clientes para as lojas que, juntamente com a oferta de itens de qualidade, vão propiciar um incremento no faturamento de junho” prevê Dantas.

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Com dólar em alta, preços de importados avançam em BH

Com o dólar em alta, fechando acima de R$ 5 nos últimos dias, os preços de produtos importados avançaram em Belo Horizonte. Produtos como pão francês, vinho e alguns tipos de pescados, como o salmão, já chegam mais caros às mesas dos consumidores.

De acordo com o comprador da Marítima Pescados e Frutos do Mar, que fica no bairro Bonfim, na região Noroeste da capital, Éder Diniz, o quilo do salmão importado chegou a subir 15% nos últimos meses, de R$ 33 para R$ 38. Agora, o preço começou a cair, mas ainda está acima dos R$ 34.

“Tivemos que repassar o aumento para os clientes, porque, para preparar o filé, temos muita perda. Custava normalmente R$ 57,90 e chegou a R$ 62,90”, conta. Segundo ele, com a pandemia, as vendas para o principal público da empresa, os restaurantes, caíram em torno de 80%.

A Vinhos Casa do Porto, na região Centro-Sul da capital, cuida do processo de importação da maioria dos cerca de 1.000 rótulos oferecidos e conseguiu garantir um bom estoque antes da pandemia. “Mas, provavelmente, vamos precisar fazer outra compra e teremos o impacto do aumento, puxado pela alta do dólar e do euro”, afirma o gerente comercial da casa, Junior Ribeiro.

Segundo ele, alguns vinhos, que são importados de forma indireta e comprados de fornecedores, já ficaram até 20% mais caros, e a alta teve de ser repassada aos consumidores em alguns casos.

A vendedora e sommelier do Wine BH, na região Centro-Sul da capital, Daniele Santos, diz que o aumento do dólar elevou o preço de alguns rótulos importados pela casa em até 20%. Mas, segundo ela, com a pandemia, as vendas da empresa, focadas sobretudo no e-commerce, cresceram, o que permitiu segurar o aumento na maior parte dos casos.

“Com os restaurantes fechados, quem saía para beber fora passou a comprar mais para beber em casa. Em maio, tivemos um recorde de faturamento”, diz Danielle.

O trigo também vem subindo nos últimos meses. De acordo com o presidente da Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinicius Dantas, a commodity está em alta desde outubro, quando o pacote de 25 kg custava cerca de R$ 56 a R$ 58. Hoje, a mesma quantidade está na faixa de R$ 72 a R$ 75.

“Toda vez que o dólar sobe, o trigo também sobe. E, quando o dólar cai, a disponibilidade do trigo diminui, e o preço sobe também. O governo precisa incentivar o plantio de trigo de qualidade no Brasil”, avalia.

Dados da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) indicam que o país demanda 7 milhões de toneladas de trigo importado por ano, o que representa 60% do total de consumo.

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Revista Amipão | Edição 144

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Padarias apostam em “cardápio especial” para Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados é uma das datas mais importantes para o varejo, e como tantas outras situações, também será diferente este ano, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e as medidas de distanciamento social.

Além da criatividade nos presentes, os casais terão ainda o desafio de improvisar nas comemorações, uma vez que a maioria das lojas, restaurantes e bares de Belo Horizonte seguem fechados.

Diante do cenário, as principais padarias da Capital têm adotado medidas estratégicas não apenas para suprir as necessidades do consumidor, mas também vislumbrando amenizar os impactos da pandemia e seus desdobramentos nas vendas do setor.

Especificamente para o Dia dos Namorados, na próxima sexta-feira (12), as lojas prepararam cestas de café da manhã, tábuas de frios, jantares, ceias, flores e bebidas especiais.

Segundo o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, as medidas têm sido adotadas desde meados de março, quando as principais atividades econômicas foram suspensas em quase todo o País.

“A incerteza em relação ao futuro tem levado as pessoas a controlarem o consumo, portanto, é hora de abusar da imaginação para vender produtos bem decorados, menores, com preços mais em conta. Sem contar que, mesmo sendo atividade essencial, o setor de panificação também foi bastante atingido com a pandemia e os negócios precisam de alternativas para recomporem as receitas”, explicou.

O mesmo, conforme ele, foi feito no Dia das Mães e será realizado em outras datas especiais, enquanto durar a pandemia, como o período junino, tradicional em Minas Gerais. “As lojas já estão todas ornamentadas com o tema e recheadas de produtos típicos, os mais procurados nesta época do ano, como canjica, milho, curau, doces e caldos”, citou.

Dantas, que é proprietário da rede de padarias Ping Pão, com seis unidades em Belo Horizonte, disse que as estratégias também estão sendo adotadas em suas lojas.

Segundo ele, a rede está comercializando kits para as datas especiais com cervejas artesanais, vinhos e espumantes, além de chocolates e flores. “Tudo pensando nas novas formas de relação, nas demandas dos clientes e no aumento das vendas”, afirmou.

A Boníssima, com três lojas na capital mineira, também preparou produtos especiais. De acordo com a diretora, Natália Carneiro, são cestas de café da manhã, caixas especiais com flores, pães, vinhos e fondue doce e salgado. E o consumidor ainda tem a opção de fazer o pedido pelos canais digitais e receber os produtos por delivery.

“São presentes para curtir a dois. Ou se a pessoa preferir, é possível personalizar um cartão e a gente faz a entrega no horário agendado. Preparamos opções do café da manhã ao jantar, proporcionando comodidade com a qualidade dos produtos da Boníssima”, garantiu.

Conforme a empresária, estas e outras medidas têm sido adotadas como forma de reduzir os impactos da pandemia nos negócios. A estratégia é intensificar os serviços de entrega e a compra on-line, de maneira a colaborar para o distanciamento social. Para ela, a rotina já é parte do chamado “novo normal”, afinal, já são três meses trabalhando desta maneira.

“As pessoas estão se adaptando e isso acelerou algumas tendências que já estávamos vivendo, como a concentração das vendas on-line. Acredito que isso não terá volta, pois é muito prático, cômodo e facilita a vida das pessoas”, disse.

A Villa Lourdes, localizada na região Centro-Sul de Belo Horizonte, também preparou opções para a data e espera aumento de 20% nas vendas a partir da comercialização de cestas de café da manhã, tábuas de frios e iguarias para serem servidas antes das refeições e menus completos.

“Simplificamos o mix para produtos que atendam às necessidades dos clientes em tempos de pandemia. O grande desafio foi tornar atraentes os produtos que antes ficavam expostos e agora estão embalados”, explicou a proprietária Juliana Braga, que também utilizou estratégia semelhante no Dia das Mães, obtendo resultados favoráveis.

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Cemig lança EAD gratuito sobre uso seguro de energia

A Cemig lança um projeto pioneiro por meio da sua universidade corporativa, a UniverCemig, visando o aperfeiçoamento profissional e evitando o risco de contágio em salas de aula, sabendo da importância do tema segurança com energia elétrica. Trata-se de um treinamento à distância sobre o uso seguro da energia, totalmente gratuito e disponível para toda a população acima de 10 anos de idade. O curso estará disponível também para pessoas portadoras de necessidades auditivas e visuais.

A iniciativa do curso à distância faz parte de um conjunto de ações que a Empresa está implementando para reduzir acidentes com a população, e é uma boa oportunidade para as pessoas expandirem seus conhecimentos a respeito do tema, inclusive, podendo fazer o curso em família, quando adultos e crianças poderão interagir e aprender juntos as melhores práticas de segurança com eletricidade.

O Gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares, alerta inclusive para o fato de que neste momento de pandemia é ainda pior se as pessoas se acidentarem. “Neste momento a orientação é, mais do que nunca, que as pessoas se protejam de forma a não se acidentarem e não correrem o risco de, além das consequências do próprio acidente, ficarem expostas à contaminação quando buscarem hospitais e unidades de emergência. Por isso, a Cemig preparou o curso de segurança com eletricidade especialmente pensando nisso, no cuidado com a população, pois trata-se de uma ação técnica e com cunho social”, salienta.

João José conta que o treinamento visa potencializar a disseminação de informações sobre segurança com a energia elétrica para a população e ampliar o conhecimento sobre o tema. “Nos últimos 10 anos, Minas Gerais é o segundo estado no ranking nacional com mais acidentes com a população na rede elétrica e o terceiro em número de mortes, sendo que cerca de 75% aconteceram na construção civil”, informa João José.

Portanto, continua o gerente, “este EaD visa promover a conscientização da população em relação aos cuidados necessários para conviver com as redes de energia, evitando acidentes e salvando vidas. Sempre atuamos no sentido de orientar nossos consumidores sobre os riscos da energia elétrica e a redução sustentada nos índices gerais, ano a ano, reflete o resultado destas ações”, completa.

Dessa forma, o lançamento do curso contribui para impulsionar a cultura da segurança, buscando torná-la cada vez mais um valor importante para toda a população.

O curso

O curso é composto por textos, vídeos e atividades assíncronas, e está organizado em cinco tópicos, totalizando 40 horas de duração, sendo dividido da seguinte forma:

Módulo 1- Os caminhos da energia: da geração até nossas casas – 2 horas

Módulo 2- Sistema elétrico de potência – SEP – 4 horas.

Módulo 3- Regras básicas para conviver bem com o SEP – 6 horas.

Módulo 4- Uso seguro da energia: dicas de prevenção – 20 horas.

Módulo 5- Uso seguro da energia: dicas extras – dentro de casa – 8 horas.

Por meio de uma parceria com a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho – EU-OSHA, foram disponibilizados videoclipes do popular personagem Napo?, tornando a experiência mais lúdica e divertida.

As inscrições podem ser feitas no site da UniverCemig?, na aba “Uso seguro da energia”.

Parcerias

Outra ação importante da Cemig com o objetivo de disseminar a cultura da segurança com eletricidade para a população em geral, é a celebração de acordos de cooperação técnica com órgãos e entidades que possuem abrangência em todo o estado e com capacidade de atingir muitas classes profissionais.

Estes acordos visam intensificar e ampliar o relacionamento institucional entre a Cemig e as entidades, com foco em prestar informações sobre segurança no uso da energia e também de atuar em obras civis com risco iminente de acidentes. Uma das ações será, inclusive, a disseminação e incentivo para que os públicos de relacionamento das instituições façam o curso online oferecido pela Cemig.

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais – CAU/MG integra esse rol de órgãos parceiros, em . Já foram celebrados acordos com a Federação das Indústrias de Minas Gerais – Fiemg, Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais – Acomac/MG, Instituto Feminino de Engenharia – IFE, Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade – Abracopel, , Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais – Sinduscon/MG, Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais – Seconci/MG e com a Associação das Panificadoras do Estado de Minas Gerais – Amipão, além de alguns outros acordos que estão em fase de elaboração.?

De acordo com João José, são esperados, entre outros benefícios, a ampliação das ações de prevenção por meio de orientações e/ou fiscalização em canteiros de obras, a disseminação de informações sobre segurança no uso da energia elétrica aos públicos das associações, com o compartilhamento de informações por meio com de seus canais de relacionamento internos e externos.

O gerente destaca que “no momento em que a Cemig comemora mais um ano de existência, estas parcerias ampliam o universo de ações de prevenção quanto ao uso seguro da energia, e vem para reforçar o maior valor que a empresa sempre prezou em sua trajetória: o respeito à vida das pessoas”, conclui.

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Programa da Fiemg aborda as novas medidas tributárias

Para atenuar as dificuldades, o governo suspendeu e adiou o pagamento de alguns tributos pagos pelas empresas, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), contribuição patronal para a Previdência Social e da parcela da União das empresas optantes pelo Simples Nacional, o que alivia parcialmente o peso da carga tributária sobre os negócios.

A gerente de Assuntos Tributários da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Luciana Mundim, e o advogado tributarista da entidade Thiago Feital, esclareceram como estão os prazos, as prorrogações dos pagamentos de impostos e tributos, as isenções, entre outras questões nos âmbitos federal, estadual e municipal.

Nos casos de adiamento das cobranças, os pagamentos serão prorrogados por alguns meses, ressaltou Luciana Mundim. Depois, as empresas terão que recolher o tributo devido. De acordo com a gerente, os pagamentos no novo prazo não estarão livres de juros. “Algumas mudanças tributárias dão um respiro para o empresário, mas tem que ficar atento aos prazos”, afirmou Thiago Feital.

Panificação – Composto em sua maioria por micro e pequenas empresas (MPEs) optantes pelo Simples Nacional, o segmento da panificação enfrenta rotineiramente problemas ligados à tributação. Agora, em virtude da paralisação de diversas atividades durante a pandemia causada pelo Covid-19, os desafios aumentaram e padarias se movimentam em busca de mecanismos que reduzam o impacto da crise nas reestruturações dos negócios.

Com dificuldade de acessar as linhas de crédito, o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinicius Dantas, acredita que diante das incertezas impostas pela pandemia, o empresário precisa do mínimo de previsibilidade para antecipar cenários e necessidades.

“O Pronampe (Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) deve ajudar muito na recuperação, mas o socorro precisa chegar logo às empresas, sem burocracias pelo caminho. Caso demore, precisamos de outras alternativas capazes de ajudar as padarias a se manterem de portas abertas”, explica.

O economista e advogado especialista em direito empresarial e negociação estratégica, João Doné, alerta para as rupturas de paradigmas no âmbito econômico. “O dinheiro está “mudando de dono” rapidamente. Por isso, precisamos buscar um direito proativo, com visão transcendental, que enxerga além e prevê cenários caóticos. Neste momento, não haverá espaço para amadores, restarão apenas profissionais”, analisa.

Entre as estratégias para empresas com dificuldades financeiras, Doné lista a recuperação judicial como um meio amplamente utilizado para evitar a falência. “É a maneira legal mais rápida e consistente para prorrogar todos os débitos, com carência de 12 até 48 meses, dependendo do tipo de processo. O empresário pode ser contemplado, ainda, com descontos de 30% a 60% em dívidas. Além disso, ela preserva o nome da empresa e o nome do sócio”, aponta.

O especialista defende a restituição de créditos tributários enquanto alternativa para superar a crise. “É o formato mais rápido de alocar recursos para dentro da empresa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, por exemplo, foram editadas 2 normas por hora, chegando a 12 mil por ano. Ou seja, 95% das empresas possuem oportunidades não-identificadas com relação a isso, pois as normas mudam a todo o tempo”, garante.

Doné acredita, ainda, que a reestruturação societária, com planejamento tributário e sucessório, é um mecanismo legal de proteção do patrimônio adquirido. “O processo assegura segurança jurídica, redução de custos tributários, privacidade, harmonia familiar e prevenção contra eventos repentinos, sejam eles de natureza humana ou ambiental para a empresa”. “A adoção dessas três estratégias, junto a uma assessoria jurídica, deve proporcionar um fôlego incrível e maior competitividade aos negócios”, avalia. (Da Redação)

Pronampe dá fôlego para as MPEs

O socorro vai dar sobrevida a micro e pequenas empresas (MPEs) que estavam com dificuldades para conseguir financiamento e se manter com a crise provocada pela pandemia do Covid-19.

A Lei 13.999/2020, que cria o Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), publicada no “Diário Oficial da União (DOU”, do último dia 19, abre crédito especial de R$ 15,9 bilhões e simplifica a obtenção dos recursos.

“Ela desburocratiza um pouco a tomada de empréstimos por essas empresas, com a dispensa de algumas certidões e a exigência de garantia pessoal somente do tomador do financiamento. A grande dificuldade sempre foi encontrar boas taxas de juros, pois raramente elas têm garantias a oferecer aos bancos, por se tratar de negócios de pequeno porte”, diz o advogado Rafael Moura, sócio de Grebler Advogados.

O governo vai afiançar os empréstimos com os recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil, que dará respaldo a até 85% do valor tomado pelas empresas participantes. Segundo o governo federal, o BB já está com a plataforma pronta e outros bancos estão adiantando isso.

“Em razão de o crédito estar limitado a apenas parte do faturamento das empresas (30%) e ter sido vetado dispositivo da lei que previa uma carência para o pagamento da primeira parcela (era de 180 dias), acredito que o recurso vai ser um alento de curto prazo. Apesar de ser possível contratar um prazo de carência com os bancos, isso não costuma ser fácil para essas empresas menores”, afirma o advogado.

O especialista destaca que a empresa beneficiada terá a obrigação de manter o mesmo número de funcionários existentes em 18 de maio até 60 dias depois de quitar a última parcela do empréstimo. “Se isso não ocorrer, a dívida vence e o banco pode cobrá-la por inteiro e de imediato”, alerta.

A lei prevê que o montante de empréstimo é de até R$108 mil para microempresas e de R$1,4 milhão para as pequenas. A taxa de juros anual máxima será igual à taxa Selic – atualmente em 3% ao ano – acrescida de 1,25%. “É uma boa lei, que retirou as exigências para a liberação de recursos, só que do ponto de vista financeiro, não resolve a situação dos pequenos empresários como um todo”, afirma o advogado.

As micro e pequenas empresas representam 97% das empresas brasileiras e geram mais de 52% dos empregos no País. Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que 29% precisam de até R$ 5 mil mensais para não fecharem.